Dulce Teresinha Jaques Viana - Artigo
Pensar na ação docente
Este artigo tenta mostrar que o professor deve pensar na ação docente e uma das maiores referências é sem dúvida Paulo Freire.
Palavras chaves: educação, pensar, ação, docente.
Para o professor pensar em ação docente tem que ter conhecimento das obras de Paulo Freire, pois o mesmo trouxe uma nova forma de ver a educação, ao criticar a educação bancária, na qual o professor autoritário deposita o conhecimento ao aluno.
Ele mostra a possibilidade de que todos podem aprender, construindo juntos os conhecimentos. Democratiza as relações entre professor e aluno e coloca o pólo do processo educativo na troca, no processo diálogo e não no professor autoritário de antes. O método de Freire é principalmente baseado no diálogo como recurso principal de aprendizagem, não apenas para alfabetizar, mas para despertar no sujeito a consciência crítica.
“O conhecimento se constitui nas relações homem-mundo relações de transformações, e se aperfeiçoam na proble-matização crítica destas relações.”(Freire,2001,p.36).
Para a educação ter qualidade deve-se partir do diálogo, numa relação igualitária entre aluno e professor, desta forma, a bagagem cultural do sujeito assume importância tão grande quanto aquela trazida pelo professor e a educação se torna uma troca, uma construção coletiva de saberes.
Todo o processo educativo deve partir dos dados obtidos da pesquisa e análise da própria realidade de quem aprende. Qualquer transmissão de conteúdo que esteja fora deste contexto é entendida como invasão cultural, que não respeita o educando como sujeito do conhecimento, mas sim como um simples receptor.
Em nossa ação docente devemos respeitar o sujeito, investigar e pesquisar o entorno da escola, sempre usando como arma o diálogo, pois sem diálogo não há comunicação e sem o mesmo não existe a verdadeira educação.
É através do diálogo, do respeito ao sujeito, da pesquisa que se iniciará nosso pensar na ação docente para os conteúdos programáticos de acordo com a realidade dos mesmos. Devemos usar estratégias que façam o sujeito pensar na sua realidade e interagir sobre a mesma, procurando evitar dar a nossa visão de mundo.
Freire diz que temos que ser humanistas e buscar através do diálogo da ação e reflexão dentro de uma interação com o sujeito fazer com que ele pense, reflita e procure soluções dentro de seu próprio saber, para poder fazer a transformação de seu mundo. Investigando a vida do sujeito vamos obter temas geradores para que o mesmo repense sua história e a conduza da forma de seu ponto de vista, com a sua visão de mundo.
É no pensar na ação docente, é através da troca de saberes, no diálogo, no respeito aos sujeitos, que vamos analisar e entender como se dá a vida dos estudantes. E nesse caminhar perceberemos como devemos trabalhar quais atividades e metodologias que deveremos usar par uma educação libertadora, para uma educação em que os alunos consigam romper as situações-limites, que muitas vezes, são entendidas por eles como determinante.
Bibliografia:
Freire, Paulo: Pedagogia do Oprimido.
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